Que eles existiram está
comprovado pela grande quantidade de "sambaquis" encontrados. Sambaquis
são enormes montanhas erguidas em terrenos, baías, praias ou na foz de grandes
rios por povos que habitaram o litoral do Brasil na Pré-História. Eles são
formados principalmente por cascas de moluscos - a própria origem tupi da
palavra sambaqui significa "amontoado de conchas". Mas essas
elevações também contêm ossos de mamíferos, equipamentos primitivos de pesca e
até objetos de arte, num verdadeiro arquivo pré-histórico. Os arqueólogos
calculam que existam milhares de sambaquis espalhados pela costa do país. Os
mais antigos nasceram há cerca de 6 500 anos. Não se sabe ao certo o que levou
nossos ancestrais a construírem essas curiosas montanhas. Durante muito tempo,
pensou-se que elas eram formadas apenas por restos de alimentos, uma espécie de
lata de lixo da pré-história. Mas uma investigação mais detalhada revelou que,
além de vestígios de comida, havia muitos esqueletos nos sambaquis, levando
especialistas a acreditarem que boa parte deles era também cemitério. O tamanho
das elevações mostra ainda que os sambaquis serviam como monumentos para
identificar o grupo que habitava uma determinada região. Estudando essas
construções, os pesquisadores conseguem montar um retrato dos homens
pré-históricos do litoral brasileiro. Os restos de peixes e moluscos indicam
que eles eram pescadores e coletores. E, como certos sambaquis eram erguidos ao
longo de mil anos, descobriu-se que a maioria dos grupos era sedentária e não
nômade, como se pensava antes. Decifrar o destino dessas comunidades ainda é um
desafio. Provavelmente, elas foram eliminadas ou se misturaram às culturas
tupi-guaranis que avançaram do norte e do sul do país rumo ao litoral, por
volta do início da era cristã. As incertezas continuam, em grande parte, porque
muitos sambaquis foram destruídos ou estão em péssimo estado de conservação. Em
Matinhos um sambaqui foi encontrado no terreno do S. Leopoldo Gomes, local hoje
conhecido como o “contorno do morrinho”. O material coletado neste local
encontra-se exposto em um museu coordenado pela UFPR, em Paranaguá. Mas aqui fica mais um mistério: O que teria
acontecido realmente com estas pessoas? Foram mortas? Acometidas por doença grave?
Estaria sua descendência juntos aos povos indígenas do Litoral do Paraná?
Olá. Gostaria de saber onde se localiza realmente o Sambaqui de Matinhos
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