Além da Saga da Caetana, Matinhos conta com outros contos menos conhecidos, mas que fazem parte do folclore local. Entre eles se destacam:
O carona da bicicleta
Acontecia sempre na
rua próximo à caixa d’água em Caiobá, na via que vai para Prainha e Guaratuba.
Altas horas, quando os moradores passam por ali de bicicleta, ouvem uma voz que
pede licença para ir na garupa. Certa vez, um senhor chamado Carlos permitiu a
carona e pouco adiante disse: – Sai coisa feia, você é muito pesado. E a partir
daí a bicicleta ficou leve e ele pôde seguir seu caminho. Os moradores evitam
passar por este caminho à noite.
O homem de branco
Conta-se que na
região de Matinhos existiam muitos índios carijós e que havia muito ouro nas montanhas.
Das histórias dos primeiros colonizadores, destaca-se a figura de um “homem de
branco” que, à época, começou a fazer contato com os índios e ficou amigo
deles. Os índios perceberam que o homem queria o ouro deles e tentaram logo se
proteger. Cada vez que este homem os procurava, eles se afastavam, porque
constataram que o ouro estava desaparecendo. Na verdade os brancos queriam a
região, o Bairro Tabuleiro, morro do Cabaraquara, onde existem, ainda, muitos
sambaquis entre as matas. Um dia o “homem de branco” começou a ficar doente,
com muitas dores. Acredita-se que a causa foi envenenamento, causado pelos
próprios indígenas, através de bebidas que foram oferecidas ao homem. Até hoje,
alguns moradores do antigo local relatam que o “homem de branco” ainda assombra
a região e a quem mora ali.
Serpente da figueira
Há muitos anos atrás
no canal do Milone (mil homens) no bairro Tabuleiro, existia um pé de figueira,
na qual vivia uma serpente; era o caminho que as pessoas usavam para ir ao
balneário Caiobá. Segundo contam, a serpente não deixava ninguém passar,
assombrando-as. Hoje a figueira não existe mais, mas as pessoas contam que a
serpente continua assombrando os moradores.
Quem conhecer outros contos ou esses mesmos com mais detalhes pode entrar em contato com o Departamento de Cultura de Matinhos para que se providencie a publicação.
Pesquisa: Luiz Felipe Canetti
Fonte: Cartilha Lendas e Contos
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