quarta-feira, 17 de abril de 2013

DEPARTAMENTO DE CULTURA NO DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA



No último dia 17 o diretor do Departamento de Cultura, Prof. Delcio Ramos, executou palestras sobre a responsabilidade dos pais na educação de seus filhos no CMEI Bolinha de Neve, a convite da Diretora Eliane Prates
O Dia da Família na Escola foi instituído oficialmente pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Este dia será realizado oficialmente duas vezes ao ano, como estratégia de reforço à importante presença da família na escola. Elas irão discutir o rendimento escolar do filho e a própria administração escolar. Trata-se de um instrumento simbólico que tem a finalidade de aproximar a comunidade da escola, integrando-as.
As escolas foram orientadas de como organizar esse dia. As sugestões oficiais falam em atividades de visita por um período de três horas, com a proposição de se planejar um momento em que pais e professores meditem a escola de ontem, a escola de hoje, contando passagens de suas vidas de estudantes, como eram, como se sentiam enquanto alunos e que lembranças trazem da escola.

O Dia Nacional da Família na Escola não é uma ação isolada; faz parte de um conjunto de atos previstos no próprio Regimento Escolar, quando fala, especialmente, do Conselho de Escola, sua instância maior de decisões, em que a presença de pais é obrigatória, ou a Associação de Pais e Mestres.
Encontros da escola com a comunidade facilitam o conhecimento do bairro, das comunidades de base, pastorais ou sociais, das ONGs, das entidades cívicas. Esses encontros propiciam uma atualizada orientação pedagógica, que encaminha a aprendizagem para uma contextualização do currículo, a uma filosofia da educação que pede o  desenvolvimento integral do aluno, o conhecimento de sua realidade de vida, de seu cotidiano, de seu ambiente familiar e social, de seus desejos e aspirações.
A presença dos pais na escola, além de colaborar com os múltiplos aspectos escolares, inclusive o disciplinar, é uma valiosa ferramenta para o professor se achegar ao aluno, conhecê-lo bem, compreendê-lo, ajustar o processo pedagógico, fazer com que a aprendizagem se torne concreta.
A escola deve se preparar convenientemente para esse dia, passar à comunidade, aos pais, a necessidade de luta conjunta, de apoio mútuo, de união, para que possam vencer as barreiras e trazer benefício aos alunos. Compete à escola mostrar aos pais, muitas vezes sem nenhuma escolaridade ou com escolaridade mínima, a importância hoje do saber. A colocação no mercado de trabalho está diretamente relacionada aos anos de escolaridade, à competência profissional. Estamos na era do conhecimento, por isso, não basta ao aluno freqüentar a escola; é preciso se dedicar, estudar, aprender, e, nesse particular, os pais podem ajudar e muito.
Essa é uma oportunidade a mais para a escola explicar aos pais seus objetivos educacionais, os seus métodos de ensino, inteirá-los do processo ensino-aprendizagem adotado. Ocasião propícia para se redimir de procedimentos anteriores, quando só se chamavam os pais para fazer-lhes observações negativas a respeito do filho, do mau aproveitamento ou do mau comportamento.
Em muitos de meus artigos tenho frisado a importância da presença dos pais na escola, no fortalecimento dos objetivos escolares que essa presença traz. Quando pais e mestres se encontram, quando firmam, conjuntamente, compromisso com o sucesso, o resultado é auspicioso. Devem, pois, manter um relacionamento contínuo, ao longo do ano, em ações cotidianas, respeitando a realidade da família e da escola.
Vivemos um momento social difícil, conturbado, e isso reflete, direta ou indiretamente, na sala de aula, na vida escolar. O perfil da família está mudando, lares desfeitos, só com o pai ou, mais freqüentemente, só com a mãe, gerando conflitos, repercutindo no comportamento dos filhos. Conhecer a realidade familiar é fator relevante na superação das dificuldades apresentadas pelos alunos. A aproximação com os problemas do bairro, com os problemas da família, não isola a escola, não faz dela uma entidade abstrata, alienadora, mas, sim, real, capaz de construir, de interferir, de oferecer um ambiente de paz, de altruísmo, de combate à violência.

Recente pesquisa do IBGE comprovou que a violência é a principal causa de morte de jovens no Brasil e nós sabemos que esta violência vem se infiltrando cada vez mais nas escolas. Por essa e por tantas outras razões, a escola necessita estar afinada à realidade que a cerca, buscando a colaboração da família.
Através de avaliações oficiais, do  Sistema  de  Avaliação  da  Educação  Básica (Saeb), constatou-se que em localidades pobres, de baixa renda, em que os pais freqüentam a escola, em que pais e professores se conhecem, dialogam, o rendimento escolar é melhor, as notas dos alunos são superiores a  de  outras  escolas, em situações socioeconômicas semelhantes.
A escola só alcança sua verdadeira identidade, uma aprendizagem efetiva, quando se insere em seu meio social, quando abre espaço para uma crescente integração escola-comunidade, escola-família.

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