Texto e fotos: Lauriane Guidolin - Aluna do Curso de"Olhar Fotográfico" da Casa da Cultura de Matinhos
Orientação: Prof. Delcio Ramos
Com origem no século XVI, onde o Brasil ainda era colônia de Portugal,
época de muita mão de obra escrava africana, onde muitos dos escravos trazidos
da região da Angola, um país na África onde havia muita dança ao som de musicas. Devido a extrema violência com
que os africanos eram tratados, os africanos perceberam que havia a necessidade
de desenvolver um método de proteção, porém devido as repressões os escravos
eram proibido de praticar qualquer tipo de luta. Porém com todas as habilidades
rítmicas trazidas de suas origens adaptando movimentos de luta, os escravos
africanos desenvolveram a capoeira, que basicamente baseava-se em uma arte
marcial disfarçada de dança. Para
praticar a capoeira, os escravos utilizavam terrenos próximos as senzalas. Essa
prática inicialmente tinha como objetivo realizar a manutenção cultural de suas
origens, aliviar o estresse do trabalho e proporcionar manutenção na saúde
física. Como muitas vezes os campos de prática da arte desenvolvida eram campos
com pequenos arbustos, chamados de capoeira ou capoeirão, daí surgiu o nome
capoeira para a dança. Embora para os
escravos fosse uma forma de relaxamento, a capoeira não era bem vista pela
sociedade da época, e por consequência foi proibida até o ano de 1930, com
ordens de prisão para pessoas pegas praticando a capoeira. Em 1930 durante o
mandato de Getúlio Vargas, um mestre da capoeira, Mestre Bimba (Manuel dos Reis
Machado), apresentou a luta para o presidente que gostou tanto dessa arte que
acabou transformando-a em um esporte nacional brasileiro. Em Matinhos temos um
exemplo de grupo que faz com que essa cultura da capoeira não se perca, que é o
Grupo Zoeira Nagô, coordenada pelo Mestre
Bacico desde 1988. Eles fazem roda de capoeira todos os Sábados na Feira de
Artes e Artesanatos do Departamento de Cultura, atuam em projetos das escolas
atendendo mais de 2800 crianças, e no projeto do próprio “Zoeira Nagô” com mais
de tem 60 alunos. A capoeira antigamente era vista com muitos preconceitos por
ser uma “luta” ou ‘dança” de escravos, nos dias de hoje os mestres mostram a
capoeira como um espaço pra todo mundo, onde se ensina defesa, força, poesia,
agilidade, ritmo e disciplina.
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