terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A CAPOEIRA EM MATINHOS





Texto e fotos: Lauriane Guidolin - Aluna do Curso de"Olhar Fotográfico" da Casa da Cultura de Matinhos
Orientação: Prof. Delcio Ramos

Com origem no século XVI, onde o Brasil ainda era colônia de Portugal, época de muita mão de obra escrava africana, onde muitos dos escravos trazidos da região da Angola, um país na África onde havia muita dança ao som de musicas. Devido a extrema violência com que os africanos eram tratados, os africanos perceberam que havia a necessidade de desenvolver um método de proteção, porém devido as repressões os escravos eram proibido de praticar qualquer tipo de luta. Porém com todas as habilidades rítmicas trazidas de suas origens adaptando movimentos de luta, os escravos africanos desenvolveram a capoeira, que basicamente baseava-se em uma arte marcial disfarçada de dança. Para praticar a capoeira, os escravos utilizavam terrenos próximos as senzalas. Essa prática inicialmente tinha como objetivo realizar a manutenção cultural de suas origens, aliviar o estresse do trabalho e proporcionar manutenção na saúde física. Como muitas vezes os campos de prática da arte desenvolvida eram campos com pequenos arbustos, chamados de capoeira ou capoeirão, daí surgiu o nome capoeira para a dança. Embora para os escravos fosse uma forma de relaxamento, a capoeira não era bem vista pela sociedade da época, e por consequência foi proibida até o ano de 1930, com ordens de prisão para pessoas pegas praticando a capoeira. Em 1930 durante o mandato de Getúlio Vargas, um mestre da capoeira, Mestre Bimba (Manuel dos Reis Machado), apresentou a luta para o presidente que gostou tanto dessa arte que acabou transformando-a em um esporte nacional brasileiro. Em Matinhos temos um exemplo de grupo que faz com que essa cultura da capoeira não se perca, que é o Grupo Zoeira Nagô, coordenada pelo Mestre Bacico desde 1988. Eles fazem roda de capoeira todos os Sábados na Feira de Artes e Artesanatos do Departamento de Cultura, atuam em projetos das escolas atendendo mais de 2800 crianças, e no projeto do próprio “Zoeira Nagô” com mais de tem 60 alunos. A capoeira antigamente era vista com muitos preconceitos por ser uma “luta” ou ‘dança” de escravos, nos dias de hoje os mestres mostram a capoeira como um espaço pra todo mundo, onde se ensina defesa, força, poesia, agilidade, ritmo e disciplina.










Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...