Há
muitos anos, quando Matinhos ainda era vista como vila, muitas famílias
iniciaram uma imigração lenta em busca de melhores recursos para viver. A
pesca, antes da época da comercialização, era apenas uma fonte rica de alimento
para os que aqui moravam. Era a garantia do sustento de sua prole. Mas
"não só de peixe poderia viver o homem" então por razões de pouca
fertilidade do solo próximo ao mar algumas casas passaram a ser construídas
mais para o "sertão" onde também poderiam cultivar e criar. Para se
chegar, apenas um caminho que contornava o morro, o Morro da Cruz, que antes se
estendia até a atual Rua Manoel Ferreira Gomes. Mais tarde, para construir a
estrada que dava acesso ao Sertãozinho e obter pedras para a elevação da Av.
Paranaguá, na época em construção, o morro foi cortado. Enquanto ainda caminho
e futuramente uma ruela, os moradores a utilizavam para chegar até uma fonte de
água que existia onde hoje se encontra o Banco Caixa Econômica Federal. Não
havia água encanada e as mulheres levavam suas roupas para lavar e buscar água,
então pelo "caminho da fonte". De caminho se passou a rua e mesmo com
a extinção da fonte por conta da chegada da "água de torneira", o
nome permaneceu em toda a sua extensão. Mais tarde, já nos anos 80, numa
homenagem feita ao Dr. José Said Zanlutti por ter colaborado com a emancipação
de Matinhos a rua foi dividida em duas, antes e depois da ponte. Da ponte até
os pescadores permaneceu Rua da Fonte e do mesmo ponto em direção ao bairro
Sertãozinho mudou para Dr. José Arthur Zanlutti, filho do Dr. José Said
Zanlutti e que faleceu num acidente de avião.
Texto e pesquisa: Delcio Ramos
Texto e pesquisa: Delcio Ramos
Muito interessante
ResponderExcluirAcho muito pertinente saber o motivo dos nomes das ruas e logradouros e quem foram as pessoas que emprestaram seus nomes.
ResponderExcluirHistória,muito bom saber!Obrigada por nos informar Prof. Delcio!!
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