Arnaldo Soares é músico autodidata e compositor,
natural de Rio Azul, interior do Paraná, onde, por influência e na companhia de
seu pai, iniciou na música aos 10 anos tocando acordeon em bailes da região.
Também é do interior que o músico traz boa parte de sua influência e inspiração
musical. Possui três CDs gravados de forma independente - em seu primeiro disco
de 1999, “Ninho de Serpentes”, o músico exprimiu em suas
canções as influências da vida no interior do Paraná, retratando a simplicidade
da vida rural, o valor da família e da amizade, e a exaltação a natureza, em
letras embaladas por ritmos regionais como o fandango e a guarânia. Já no
segundo CD “Nessa Cidade”, de 2005, viabilizado pela Lei Rouanet, as canções
revelam um lado mais urbano onde o músico integra a originalidade e a
universalidade musical, em composições que passam pela bossa-nova e o jazz
fusion. Em “DNA” de 2015, o músico traz uma nova roupagem para suas
composições, integrando a qualidade estética do violão clássico de Fábio Lima e
o compasso dançante do reggae de Diego Bueno, da Banda Namastê, além de
divulgar uma coletânea de composições inéditas, onde trata de forma irônica e
crítica temas atuais, porém emblemáticos, como a energia nuclear, a conservação
da água, e a manipulação genética do ser humano, retratada na faixa título do
CD. Como intérprete, Arnaldo Soares busca inspiração em conhecidos nomes da MPB
como, Djavan, Zé Ramalho, Chico Buarque, Lenine, Milton Nascimento, Zeca
Baleiro, Belchior e Fagner. O músico é membro ativo do Clube do Compositor
Paranaense, participando da Segunda Autoral, no conhecido Bar do Tatára, onde
possui parcerias com diversos músicos curitibanos, entre eles Marlos Soares,
Fábio Lima e Tatára. Visita Matinhos há pelo menos 20 anos, conhecendo-a por
meio de turismo, se apaixonou pela beleza cênica dos morros e do mar.
Caiobá: faixa 07 do CD DNA (2015).
Composta
há cerca de três anos, por histórias contadas por amigos que frequentam o
litoral desde criança. As frases retratam o cotidiano e os locais da cidade. No
trapiche de Caiobá é comum se observar os pescadores em dias de chuva e que lá
permanecem mesmo quando ocorrem tempestades de raios em alto mar...é sabido que
a descarga elétrica dos raios no ar transforma o oxigênio (O2) em Ozônio (O3). A
ideia da frase foi poetizar um fenômeno natural muito comum no litoral,
principalmente no verão... A Praia das Fadas é uma pequena enseada no final da
Praia Mansa (Ponta da Praia de Caiobá), ao pé do morro que leva ao porto de
passagem de Guaratuba. É um local que amigos frequentavam quando crianças. O
refrão retrata a realidade do carnaval, um período onde as pessoas esquecem
seus problemas, seus defeitos, seus egos, e dedicam-se ao sonho de viver apenas
a alegria, a música e a dança.
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