segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ARNALDO SOARES CANTA "CAIOBÁ"

Arnaldo Soares é músico autodidata e compositor, natural de Rio Azul, interior do Paraná, onde, por influência e na companhia de seu pai, iniciou na música aos 10 anos tocando acordeon em bailes da região. Também é do interior que o músico traz boa parte de sua influência e inspiração musical. Possui três CDs gravados de forma independente - em seu primeiro disco de 1999, “Ninho de Serpentes”, o músico exprimiu em suas canções as influências da vida no interior do Paraná, retratando a simplicidade da vida rural, o valor da família e da amizade, e a exaltação a natureza, em letras embaladas por ritmos regionais como o fandango e a guarânia. Já no segundo CD “Nessa Cidade”, de 2005, viabilizado pela Lei Rouanet, as canções revelam um lado mais urbano onde o músico integra a originalidade e a universalidade musical, em composições que passam pela bossa-nova e o jazz fusion. Em “DNA” de 2015, o músico traz uma nova roupagem para suas composições, integrando a qualidade estética do violão clássico de Fábio Lima e o compasso dançante do reggae de Diego Bueno, da Banda Namastê, além de divulgar uma coletânea de composições inéditas, onde trata de forma irônica e crítica temas atuais, porém emblemáticos, como a energia nuclear, a conservação da água, e a manipulação genética do ser humano, retratada na faixa título do CD. Como intérprete, Arnaldo Soares busca inspiração em conhecidos nomes da MPB como, Djavan, Zé Ramalho, Chico Buarque, Lenine, Milton Nascimento, Zeca Baleiro, Belchior e Fagner. O músico é membro ativo do Clube do Compositor Paranaense, participando da Segunda Autoral, no conhecido Bar do Tatára, onde possui parcerias com diversos músicos curitibanos, entre eles Marlos Soares, Fábio Lima e Tatára. Visita Matinhos há pelo menos 20 anos, conhecendo-a por meio de turismo, se apaixonou pela beleza cênica dos morros e do mar.

Caiobá: faixa 07 do CD DNA (2015).

Composta há cerca de três anos, por histórias contadas por amigos que frequentam o litoral desde criança. As frases retratam o cotidiano e os locais da cidade. No trapiche de Caiobá é comum se observar os pescadores em dias de chuva e que lá permanecem mesmo quando ocorrem tempestades de raios em alto mar...é sabido que a descarga elétrica dos raios no ar transforma o oxigênio (O2) em Ozônio (O3). A ideia da frase foi poetizar um fenômeno natural muito comum no litoral, principalmente no verão... A Praia das Fadas é uma pequena enseada no final da Praia Mansa (Ponta da Praia de Caiobá), ao pé do morro que leva ao porto de passagem de Guaratuba. É um local que amigos frequentavam quando crianças. O refrão retrata a realidade do carnaval, um período onde as pessoas esquecem seus problemas, seus defeitos, seus egos, e dedicam-se ao sonho de viver apenas a alegria, a música e a dança.


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