Contam os mais antigos que se as mocinhas estivessem
"naqueles dias", ou seja, na menstruação, elas não podiam entrar na
maré (baía), como ainda é conhecido pelos moradores da região da Prainha e do
Cabaraquara, antes pertencentes a Matinhos. Diziam que se elas entrassem na
maré os botos sentiam o cheiro do sangue na água e ficavam nervosos, se quer
podiam andar na canoa, pois os botos viravam a canoa. Para esta fase da mulher
haviam ainda outras muitas restrições pois eram tidas como "doentes"
ou até "impuras", pois acreditam que o que elas liberavam era a
"sujeira" do corpo.
Relato de Solange Santana, criada na comunidade do Cabaraquara.
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