A tecnologia trouxe muitas modificações na vida das pessoas, muitas profissões ficaram ultrapassadas e até mesmo acabaram ou foram substituídas, mas existem outras que permanecem mesmo com o passar dos anos e com toda inovação trazida pela tecnologia justamente por sua peculiaridade. Uma dessas profissões é a de artesão.
O principal motivo dessa profissão ainda existir, e com muita força é em função da cultura de cada região, tanto em nosso país como em várias partes do mundo. Vamos conhecer um pouco a respeito dessa profissão tão interessante e que exige tanta habilidade.
Para começar é preciso saber que a palavra “artesão” significa “indivíduo que pratica arte ou ofício que dependem de trabalhos manuais”, isto quer dizer que qualquer peça produzida pelo artesão é única e foge de qualquer processo de produção em série realizado por indústrias.
Vamos agora conhecer as variações que existem no trabalho dos artesãos...
O ferreiro é uma profissão muito, mas muito antiga mesmo, surgiu há aproximadamente em 1200 a C, existem algumas diferenças e especificidades no trabalho do ferreiro: o cuteleiro é o artesão que trabalha com cutelaria, ou seja, com a produção de objetos cortantes e armas brancas, como por exemplo, facas, foices, machados, adagas, espadas, etc.; já o ferreiro é o artesão que trabalha com forjaria, que tem relação com a produção de diversos utensílios de ferro, como panelas, colheres, etc. e existe também o ferrador que é o artesão que trabalha com ferraria, que representa a atividade de produção e aplicação de ferraduras.
Imagine como essas especialidades eram fundamentais há séculos atrás, pois não havia outra forma de se ter utensílios domésticos e também a base de transportes eram os cavalos, que precisavam de ferraduras, é claro! Atualmente o ferrador é um profissional eventual e, segundo a Associação dos Ferradores do Brasil, existem aproximadamente 25.000 ferradores nesta condição no país.
Vamos conhecer agora um profissional artesanal que talvez poucos tenham ouvido falar: o soprador de vidros. Na verdade estes artesãos também moldam o vidro de outras formas além de utilizar o sopro e é uma atividade muito importante até hoje. Veja só tudo o que um soprador/moldador de vidro pode fazer: planejam as atividades de sopro e moldes de vidros e cristais para fazer objetos decorativos e utensílios domésticos, também confeccionam objetos para utilização em laboratórios, tais como pipetas, tubos de ensaios, termômetros e outros instrumentos, além da moldagem de vidro óptico, utilizados para a confecção de lentes para óculos, binóculos, telescópios ou outros equipamentos óptico-científicos similares.
A descoberta da técnica do sopro para fabricação de vidro oco como, por exemplo, garrafas, potes, copos, etc. se deu na Síria há aproximadamente 3.000 anos atrás.
Agora vamos falar sobre a cerâmica, material mais antigo utilizado pelo homem para fazer os mais diversos utensílios e peças decorativas.
Visitando museus e exposições, podemos observar e admirar verdadeiras relíquias feitas em cerâmica, isso porque a maioria das culturas acabou desenvolvendo estilos próprios que foram moldando suas características e são estudadas até hoje como forma de entender a cultura dos povos.
Quando se trata de cerâmica, não podemos deixar de mencionar um dos estilos mais tradicionais do Brasil, a cerâmica marajoara, que tem origem na avançada cultura indígena da Ilha de Marajó.
Mesmo com a evolução da indústria e a produção de peças de cerâmica por métodos que usam a tecnologia, ainda existem muitos locais no mundo em que são produzidas peças de cerâmica de modo artesanal.
Atualmente a cerâmica é utilizada para outras finalidades, muito diferentes das que imaginamos, auxiliando inclusive na área da ciência: na medicina e odontologia é utilizada na prótese de ossos e dentária; na pecuária, reveste os chips injetados nos animis para fazer uma contagem mais precisa e segura e ainda é o material utilizado quando existe a necessidade de um produto resistente a altas temperaturas, como é o caso do trem bala no Japão, onde a cerâmica é colocada nos trilhos.
Você sabia que o sapateiro também é uma profissão artesanal? Pois é mesmo e com todo o mérito, porque ele é o profissional que com arte e maestria, manuseia sapatos, sandálias, chinelos, botas, etc., limpando, fazendo o conserto e tratando adequadamente os calçados para garantir o bem-estar dos pés.
Antes da era industrial era muito comum que as famílias solicitassem ao sapateiro a confecção de sapatos, que duravam por muito tempo. Atualmente, mesmo com a grande variedade de calçados produzidos pelas fábricas especializadas, sempre é bom ter um sapateiro por perto para “tratar” daqueles calçados que mais gostamos e que queremos prolongar a vida útil, não é mesmo?
Para finalizar, não podemos esquecer do tecelão, que é aquele que tece pano ou que trabalha em tear. A arte da tecelagem é bem antiga também, pois desde as épocas mais primitivas o homem já tinha necessidade cobrir o corpo para se proteger do clima. Pesquisadores encontraram fragmentos de tecido mais antigos que se tem registro até hoje em uma caverna no deserto da Jordânia e datam de 6.500 a.C.
Com o decorrer dos séculos o tecido se diversificou predominando a produção industrial, mas ainda encontramos muitas produções artesanais utilizadas para vestimentas e como peças para casa, como toalhas de mesa e colchas.
Os brasileiros têm suas especialidades na arte de tecer e várias regiões encontramos peças que “enchem os olhos” por sua beleza. As rendeiras da região nordeste, são exemplos típicos dessa realidade.
Curiosidades
Ao que tudo indica os índios foram os nossos primeiros artesãos, pois quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram uma civilização que dominava a arte da pintura utilizando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica.
Fonte: http://www.smartkids.com.br
O Artesanato em Matinhos.
O artesanato de Matinhos se caracterizou, inicialmente, pela necessidade dos pescadores em confeccionar suas próprias ferramentas e utensílios de trabalho. Os cestos e balaios, traçados feitos com cipó “timbopeba”, começaram a agradar o gosto dos banhistas, iniciando assim a comercialização destas peças em novos tamanhos, cores e formatos.
Essas peças decoradas serviam apenas para a venda. Os pescadores continuavam a confeccionar rudimentarmente suas peças para uso próprio. Além dos cestos, os banhistas ainda encontravam outros objetos feitos com o mesmo traçado, como as esteiras de “peri”. No decorrer dos tempos a necessidade em atender as leis ambientais não permitiu mais que houvesse a extração destas matérias primas para dar continuidade ao trabalho, havendo a necessidade se pensar em novas alternativas.
Atualmente o artesanato local tem sido caracterizado pela reutilização de matéria prima natural como fibras do coco, escamas e pele de peixe, fibras da bananeira, conchas e sementes. Com estes recursos os artesãos dão formato a novos objetos de decoração, agradando aos admiradores do belo artesanato matinhense.
Atualmente o artesanato local tem sido caracterizado pela reutilização de matéria prima natural como fibras do coco, escamas e pele de peixe, fibras da bananeira, conchas e sementes. Com estes recursos os artesãos dão formato a novos objetos de decoração, agradando aos admiradores do belo artesanato matinhense.
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