segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A OBRA DA "COPIOSA REDENÇAO"

Uma capela diferente chama a atenção em Matinhos, no Litoral do estado: um rio corre por dentro dela. A água vem de cima da montanha, é canalizada para chegar até a igrejinha, passa por uma cascata artificial que cai atrás do altar, segue por todo o centro da capela, entre os bancos, e desemboca na parte de fora, onde se une a outro rio. A água é corrente e produz um efeito visual interessante, com seus reflexos e barulho característicos.
“Deus está na natureza”, diz o Padre Emerson de Azevedo, que teve a ideia de construir a capela baseado em uma passagem da Bíblia, que fala sobre um templo com água correndo debaixo da soleira. Ele contou seu plano para engenheiros e trabalhou junto para que o projeto ficasse idêntico à sua visão. Deu certo. “A água também significa purificação, renovação”, explica.
A capela faz parte do Cen­­tro de Terapia Copiosa Redenção, voltada ao tratamento de dependentes de drogas e álcool, localizada na estrada PR-508. Quando foi transferido ao local, em 1999, Padre Emerson conta que se deparou com um terreno grande e com apenas uma casa de dois cômodos. Com o tempo, ele e os meninos internados transformaram o local. Além da capela, há a chamada “via-sacra ecológica”, uma trilha em meio à natureza com 14 estações simbolizando a paixão de Cristo, a gruta de São Miguel Arcanjo e um grande salão para missas e retiros.
Tudo foi construído por Padre Emerson e os meninos internados. A metodologia do local é usar o trabalho como terapia. Os cerca de 20 rapazes em tratamento são incentivados a ocupar e mente e as mãos com as construções, produção de artesanato, materiais de limpeza, velas, decks de madeira e tijolos ecológicos, além de cuidar de um galinheiro e da propriedade.
“Sempre recomendo aos meninos que, quando estiverem tristes, é bom ir para a natureza, contemplar, meditar. Sempre funciona”, conta o padre. Segundo ele, 70% dos internados concluem o tratamento de cinco meses. 


Fonte: Gazeta do Povo

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

DEPARTAMENTO DE CULTURA FAZ HISTÓRIA EM MATINHOS


Mais uma grande conquista para Matinhos. O Departamento de Cultura acaba de bater seu próprio recorde de cursos e oficinas disponibilizados à população. Só neste início de Semestre foram mais de 20 novos eventos de aprendizagem iniciados, além do atendimento à Terceira Idade e PETIs (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil). Com o empenho de toda a equipe da Cultura e voluntários como Prof. Isolda, Fabrício, Letícia e Remy, além dos artesãos que expõem seus trabalhos na Casa da Cultura e também ensinam o que sabem à população, a dinâmica do Departamento de Cultura tem sido intensa. 


Outros projetos também são desenvolvidos na Biblioteca Pública Municipal e Centro Multimídia Indústria do Conhecimento, também de responsabilidade do Departamento de Cultura. Desde 2009 já foram mais de 3 mil pessoas atendidas com atividades na Casa, com o apoio imprescindível do Prefeito Eduardo Antonio Dalmora e do Secretário Municipal de Educação Esporte e Cultura,Prof. Alcides Benato. Outro grande programa atendido pela Cultura é a informação. 


Com a utilização das redes sociais e blog, a equipe, coordenada pelo Prof. Delcio Ramos desde 2009, já disponibilizou mais de 600 matérias incluindo notícias, resgates biográficos, história, entrevistas, entre muitas outros assuntos.  Atualmente o Departamento de Cultura conta com 12 funcionários distribuídos entre Administração, Fanfarra Municipal, Coral Municipal, Grupo de Teatro, Grupo de Dança, Coordenação de Terceira Idade, Aprendizagem, Casa da Cultura, Biblioteca Municipal, Indústria do Conhecimento, Informação Digital, Coordenação de Artesanato e Pesquisa. As atividades diárias da Casa vão até as 22:00 Horas de Segunda a Sexta-Feira. Nos Sábados ainda abre para a exposição do artesanato local contando com 21 artesãos. 


TUBARÕES EM MATINHOS?


Um tubarão de aproximadamente 3 metros de comprimento e 300 kg foi visto na Praia do Pico no dia 17 de Abril de 2010. O tubarão nadou ao lado de dez surfistas e chegou a ficar a 10 metros da areia. O animal ficou no local durante todo o dia e foi capturado por pescadores no final da tarde. Depois foi levado ao Mercado de Peixes onde foi pesado e abatido. Segundo os pescadores, era um tubarão de cabeça chata.


Em 13 de Dezembro de 2012 a boa pescaria realizada em Matinhos rendeu quatro tubarões. De acordo com Jorge Porvilho, um dos tubarões tinha, aproximadamente, dois metros e pesava em torno de 300 quilos. Os tipos de tubarões não foram especificados e os peixes foram levados para uma peixaria da cidade.De acordo com o morador, os tubarões estavam em alto mar e não próximos da praia. O que causou alvoroço mesmo foi o que apareceu em 2010.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

ISOLDA REICHMANN LOSSO: UMA VOLUNTÁRIA NA CULTURA DE MATINHOS

A professora Isolda Reichmann Losso, orientadora do Curso de Mosaico, nasceu em Curitiba, filha de Ernani Reichmann e Annie Reichmann. É Formada em Economia e Professora da Universidade Federal do Paraná. Casou-se com Igo Losso no ano de 1965 e foi mãe de três filhos: Igo Reichmann Losso, Iseu Reichmann Losso e Iros Reichmann Losso. Já conheceu muitos países, mas foi no Japão que se consagrou sendo a única representante Brasileira No Encontro dos Economistas. Iniciou sua vida artística logo após se aposentar da Universidade, sentido que o sangue artístico sempre correu em suas veias. Já teve seus trabalhos expostos em uma Grande Feira de Artes Brasileiras, na grande São Paulo. Teve como professoras de Mosaico Artístico duas das mais renomadas do mosaico brasileiro: Bia Pereira e Celina Lima, ambas de CuritibaEscolheu Matinhos, pois sempre gostou de praia. Por muito tempo procurou as praias de Santa Catarina, como Barra Velha. Mas foi em Matinhos que encontrou um grande refúgio. Para Isolda o seu voluntariado como professora de mosaico vai muito mais além do que apenas transmissão de conhecimento, mas uma grande oportunidade de fazer amigos e partilhar bons momentos com o resultado de seus trabalhos. Em breve a professora pretende fazer, junto aos alunos, uma grande exposição e mostrar que voluntariado é, realmente, um gesto de amor com incalculáveis resultados. Dia 07 de Setembro estará de aniversário e por isso o Departamento de Cultura agradece e faz essa singela homenagem à grande contribuição da Professora Isolda.


SAIBA COMO ESCOLHER SEU PEIXE



A idéia deste post é familiarizar os visitantes com os ingredientes utilizados na cozinha caiçara. Para cozinhar bem os simples e deliciosos pratos caiçaras, ou outra coisa qualquer, você deve desenvolver pelo menos duas coisas: seu conhecimento sobre os ingredientes que irá utilizar e suas habilidades técnicas de cozinha.

O caiçara veio aprimorando este conhecimento e suas habilidades ao longo dos anos e foi passando naturalmente de geração a geração. Não é à toa que comida caiçara é tão boa!

Se você gosta do riscado pode ser que já saiba escolher e lidar com peixes. Pode ser que consiga comprá-los fresquíssimos, ou até pescá-los deliciando-se com peixes de ótima qualidade com certa frequencia, mas nem todos tem este privilégio e talvez não tenham tanta experiência.

O peixe é um dos mais importantes ingredientes da cozinha caiçara e  cabe aqui um olhar mais técnico sobre este fantástico alimento.

CONHEÇA UM BOM PEIXEIRO E FIQUE DE OLHO


Avaliar seu fornecedor ou o mercado onde você vai buscar seus peixes é essencial. Um bom peixeiro deve manusear, refrigerar e expor de modo adequado os peixes, além de ter condições de responder a qualquer pergunta sobre a origem e as qualidades do produto, por exemplo, ele deve saber se o peixe é magro ou gordo, tem uma textura firme ou delicada, se é ideal para cozinhar, assar, grelhar ou fritar. Alguns podem te passar uma dica, uma receita, uma curiosidade sobre o peixe, como o pescam, entre outras coisas. Enquanto ele está preparando seu peixe bata um papo com ele, você pode aprender muito. Geralmente peixeiros são pessoas interessantes e conhecem bastante o que vendem.

FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO DOS PEIXES


Os peixes podem ser comprados frescos em uma das formas descritas abaixo, ou congelados (que só utilizo em último caso), salgados (secos), defumados e até em conservas.

·         Inteiro, como foi pescado completamente intacto.
·         Com as vísceras (barrigada)removidas, mas com cabeça, barbatanas e escamas intactas.
·         Com a barrigada e cabeça removidas, mas com as barbatanas e escamas intactas.
·         Eviscerado, com a barrigada, as guelras, escamas e barbatanas removidas. A cabeça pode ter sido removida ou não.
·         Em posta. Um corte das costas até a barriga do peixe gerando uma fatia.
·         Filé. É um pedaço retirado de cada lado do peixe sem a espinha dorsal. A pele pode, ou não, ser retirada antes do preparo. Preste atenção... às vezes querem nos vender filés ainda com a espinha pelo mesmo preço do sem espinha. Se liga aí!


Existem outros cortes que não cabem aqui, mas vale a pela citá-los como o Tranche que é um pedaço de um filé grande cortado em um ângulo de 45° para expor uma superfície maior, e o Pavé que é uma porção quadrada de um filé grande.

VERIFICANDO SE OS PEIXES ESTÃO FRESCOS


A não ser que você mesmo tenha tirado o bicho da água, ou confie muito no seu fornecedor, como disse, é bom verificar a qualidade do peixe que está comprando. Use um tempinho para inspecionar o peixe com cuidado, vale a pena! Verifique se ocorrem, na maior quantidade possível, os seguintes sinais de frescor:
  • Primeiro o peixe deve estar armazenado a uma temperatura entorno de 4°C. Como você não anda por aí com um termômetro, pelo menos espero, saiba que isso é bem gelado. Uma geladeira comum fica entre 2°C e 8°C.
  • O peixe deve ter boa aparência geral, sem lodo, areia, cortes ou machucados e com barbatanas flexíveis
  • As escamas devem estar firmes no peixe.
  • A carne deve responder a uma leve pressão (estar consistente), e não deve ser muito macia.
  • Os olhos devem estar claros, brilhantes e salientes.
  • As guelras devem apresentar uma cor rosa brilhante e avermelhada, e se houver muco, este deve ser transparente.
  • Não deve haver marcas na barriga – evidência de que as vísceras foram deixadas no peixe tempo demais e o processo de decomposição foi acelerado.
  • O cheiro deve ser limpo e marinho. Deve cheirar como água do mar limpa. Muito bom!
  • Para os filés prefira comprar o peixe eviscerado pedindo para que façam os filés. Se não der, escolha os filés que não estão em contato direto com o gelo, pois o derretimento do gelo altera a textura e sabor do peixe.

O PEIXE CONGELADO


Eu particularmente uso peixes ou qualquer fruto do mar congelado somente em último caso e mesmo assim escolhendo bastante. Ao comprar peixes congelados você está pagando bem caro por muita água, um certa química, aquela textura estranha e pouco sabor. Segundo a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor podemos encontraraté 35% mais água do que o permitido nos peixes congelados.
Os peixes congelados são repetidamente cobertos com água e congelados, de um modo que forma uma camada de gelo envolvendo o peixe inteiro. Os peixes que passam por este processo e são congelados de forma rápida e individual são identificados como IQF  (Individually Quick Frozen).
Muitos peixes e filés congelados são tratados com Tripolifosfato de Sódio (STPP) para que retenham mais água ainda. É ai que mora o perigo, o peixe vira praticamente uma esponja. Você já usou um peixe congelado que parecia estar ensaboado, ou que o líquido do peixe parecia um detergente ralo? Então, esse é o tal STPP.

Se não tiver outra opção, de jeito nenhum mesmo, só não compre nenhum peixe congelado com a carne esbranquiçada ou com gelo branco nas extremidades, pois isso indica que a carne “queimou” por congelamento, resultado do uso de uma embalagem inadequada ou o descongelamento e recongelamento do produto.

FEIRA DE PESCADOS DE MATINHOS


Em Matinhos você pode encontrar o peixe fresco e outros frutos do mar na Feira de Pescados localizada no final da Rua da Fonte, junto a praia, Centro. Lá os produtos são comercializados pelos próprios pescadores que também dão dicas de como preparar e acondicionar. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

CULINÁRIA CAIÇARA: CARANGUEJADA


A Caranguejada é mais que um delicioso prato caiçara, prepará-la e degustá-la é como um ritual capaz de causar um “ajuntório”, unir as pessoas. Dificilmente se come uma caranguejada sozinho, ela parece ter sido criada para ser compartilhada, reunindo, conectando e divertindo os que se “abancaram” em volta daquele panelão fumegante.

Já o danado do caranguejo há muito tempo deixou de ser apenas um crustáceo que vive no mangue e nos serve como alimento, para tornar-se protagonista de várias expressões da antropologia e da cultura litorâneas, além de ser a base da economia de muitas comunidades do nosso extenso litoral.

Ao preparar e sentar para comer uma Caranguejada devemos quase que reverencia-la. Abrir aquela cerveja bem gelada para molhar o “gogó” e compartilhá-la com as pessoas que gostamos, em meio a um bate papo descontraído, gostosas histórias e boas risadas.... Isso já é um bom começo!

RECEITA

Fácil | 1 ½ hora | 3 a 6 porções. Depende da habilidade e da fome dos viventes.

INGREDIENTES

12 caranguejos inteiros vivos e limpos... “De preferência aos interinhozinhos e pescados dejaoje”
5 colheres (sopa) de óleo ou azeite
3 cebolas picadas
4 dentes de alho picados
6 tomates maduros picados
1 maço cheiro verde
Alfavaca e coentro de folha larga a gosto
Sal a gosto
Aquela sua pimenta a gosto

Nota: Tem gente que gosta do caranguejo limpo sem a carapaça, eu gosto com a carapaça, pois além de guardar todo o sabor do caranguejo, na hora de comê-los dá para fazer um pirãozinho dentro dela com o molho, uma boa farinha e aquela pimenta. Fique à vontade a caranguejada é sua!

Dica 1: Compre os caranguejos inteiros e vivos. Dispense os caranguejos mortos. Se você preferir os caranguejos sem as carapaças, compre-os de um fornecedor confiável.

Dica 2: Se quiser acrescente cerveja, o quanto baste para cobrir os caranguejos substituindo parte da água que iria colocar.

Dica 3: Se você achar legal pode acrescentar um pimentão picado. Alguns gostam de colocar uma lata pequena de extrato de tomate, eu já gosto mais de colocar tomates bem maduros.


Você Vai Precisar

Uma panela grande com tampa
Um conjunto de tábuas e martelos para quebrar as pinças e patas.
PREPARO

Mate os caranguejos (se você preferir diga que vai abater os caranguejos, é politicamente correto e não assusta mulheres e crianças, mas no final dá no mesmo... hehehehe) e lave-os muito bem em água corrente com uma escova até tirar todas as impurezas e reserve.

Dica 1: Para "abater" os caranguejos, segure-os pelas costas, usando uma faca pequena de lâmina, levante uma parte que parece uma tampa na barriga do caranguejo (alguns retiram esta “tampa” e defendem que entra mais molho no caranguejo, e outros não a tiram e defendem que preserva mais o sabor do caranguejo. Você que sabe!) e introduza a faca no meio até alcançar o fim do casco. Outros abatem o caranguejo introduzindo a faca na boca do caranguejo, até alcançar o fim do casco. Seja como for, aguarde alguns minutos, até que esteja totalmente abatido.

Dica 2: Se você preferir o caranguejo sem os pelos, limpe-os usando uma faca de lâmina pequena para raspar os pelos.

Em uma panela grande aqueça o azeite/óleo, doure as cebolas e o alho. Aqui não invente moda ou economize espaço, a panela tem de ser grande mesmo.  Nela devem caber os caranguejos, todos os outros ingredientes e ainda sobrar um tanto.

Coloque em seguida os tomates e deixe refogar bastante, mexendo sempre.

Coloque o sal, a pimenta e um pouco de água.

Quando estiver fervendo bastante, coloque os caranguejos e o cheiro verde picado. Se for usar a cerveja essa é a hora de derramá-la na panela até que os caranguejos estejam totalmente cobertos, se não for usar a cerveja cubra-os com água.


Verifique o sal e mexa um pouco o caldo para misturar os temperos colocando a colher entre os caranguejos e deixe cozinhar com a panela meio tampada por uns 35 minutos.

Para conferir o cozimento do caranguejo, retire uma patinha e prove, observando se a carne solta com facilidade. Estando legal... Sirva-a!


Reúna sua família e/ou seus amigos e divirta-se!

CRENDICE: "COCÔ DA LUA" É GRAVIDEZ


Conta Francisca Anita Feitosa, conhecida na região do Balneário Reviera como CHICA, que os antigos moradores de Matinhos acreditavam que o surgimento do fungo amarelo em madeiras podres era sinal de gravidez próxima. Fato este que ela acredita ter acontecido com ela mesma: após se mudar para a região, cerca de 40 anos atrás, sua vizinha se aproximou da beirada do muro de sua cada e disse: você está grávida, pois aqui tem "cocô de lua". Após 2 meses constatou que realmente estava grávida.



terça-feira, 20 de agosto de 2013

A CULINÁRIA CAIÇARA

A culinária caiçara tradicional é bem diferente das apresentadas hoje nos restaurantes. A verdadeira comida caiçara não levava os temperos que hoje fazem parte de qualquer receita, como o alho, tomate, azeite, margarina, orégano, etc.

Arroz, leite, cebola, açúcar, pão e até mesmo o sal que hoje encontramos em abundância nos supermercados, eram de difícil colheita e produção. Os temperos mais utilizados na época eram o coentro, alfavaca, limão rosa, louro, pimentas, banana e farinha de mandioca.

Carne de boi e de porco raramente faziam parte da alimentação caiçara, porque os animais quase não existiam no arquipélago. A carne mais apreciada era a do peixe, de frutos do mar e a de passarinhos, como os sabiás, sanhaços, periquitos, tiés, rolinhas, juritis, tucanos, etc., também alguns outros animais como a jaguatirica, capivara, caxinguelê, gambás, macaco-prego, lontra, porcas e o tatu que era considerado um petisco.

Peixe e farinha-da-terra ou farinha-de-mandioca eram a base da alimentação caiçara que era consumida desde a primeira alimentação (café da manhã) até a última (jantar). Do peixe, era aproveitado quase tudo, inclusive as guelras, o bucho, a bochecha e as ovas.

De manhã a preferência era pelos peixes pequenos como a sardinha e carapaus, de tarde e de noite a alimentação era variada com frutos do mar ou caça.

Na tradição, os homens caçavam e as mulheres cozinhavam.


Ainda hoje em comunidades tradicionais caiçaras espalhadas pelo arquipélago de Ilhabela é fabricada a farinha de mandioca nos padrões do século XVI.

Receita da Tainha na Brasa

Ingredientes: Tainha interna com as escamas sem as vísceras aberta pelo ventre da ponta do rabo até a cabeça, limão, sal, pimenta do reino, óleo de milho ou azeite de oliva.

Preparo: Colocar a tainha com as escamas viradas para a grelha.
Temperar com limão, sal e pimenta do reino.
Regar a carne do peixe com óleo ou azeite. Também pode ser adicionado estrato de tomate.
O peixe não precisa ser virado e a carne estará no ponto quando o óleo ou azeite começar a borbulhar

VOCÊ CONHECE O "LEÃOZINHO DE CARA SUJA"?


Segundo os moradores da região, próximos ao Rio da Onça, este animal é bastante conhecido por lá. O “leãozinho de cara suja” é muito parecido com um cachorro comum, com algumas características próprias: tem em toda sua face uma macha escura que dá nome ao bicho, extremamente carnívoro, tem a facilidade de emitir sons, com isto imita e atrai suas presas como gatos, corujas, ratos e outros pássaros. Há relatos de que o Leãozinho de cara suja imita muito facilmente um som muito parecido com choro de criança. Até o momento não tem casos de crianças atacadas, mas muitos gatos domésticos simplesmente desaparecem com freqüência.
Relato de moradores da Região.

O CASARÃO DE MATINHOS

Basta correr o olhar pela orla de Matinhos para contemplar o Pico, famoso entre os surfistas e celeiro de talentos desse esporte. Contudo, é justamente do pico que, quase impreterivelmente, avista-se uma construção de três andares dona de um singelo colorido, atualmente na tonalidade amarela suave, e com um aspecto acolhedor que faz do nome Casarão a definição mais indicada a esse tradicional hotel do litoral paranaense.
Em quase quatro décadas de existência sobre o comando do proprietário Nilson Vedolin, o espaço abrigou e deu vazão a histórias inesquecíveis que, com frequência, levam seus protagonistas a retornarem a fim de sorverem novamente a magia que paira no local. E o período de Carnaval costuma receber alguns antigos candidatos a pierrôs e colombinas em busca de reviver ou aguçar ainda mais um turbilhão de emoções que só um estabelecimento, que tem pessoas envolvidas intrinsecamente com o desenvolvimento do município e o mar como vizinho consegue proporcionar.

Com as portas abertas desde 1974, Vedolin conta que comprou fiado a estrutura. “Arrendei um bar para vender bebidas por uma temporada e acabei achando o meu caminho, depois de trabalhar por anos em bancos e farmácias sem conseguir juntar muita coisa. Muitas vezes tentamos levar a vida para um lado, mas a vida leva para outro”, ensina. “Consegui fechar negócio e, depois de alguns anos só pagando pelo local, comecei a investir e reformar toda a estrutura interna e isso não parou mais. Todo ano temos reformas seja por causa das ressacas, seja pela necessidade de incrementar os serviços. Os clientes são cada vez mais exigentes e a concorrência obriga a gente a não parar”, ensina.
Apesar de ser um abrigo de histórias, o hotel recebeu esse nome em homenagem a novela O Casarão, do autor Lauro César Muniz. Ela foi exibida em 1976, dois anos após Vedolin adquirir o imóvel. “Achei que a fachada do Casarão remetia a construção da novela, por isso optei por esse nome”


Fonte: Blog O Casarão de Matinhos.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ARTESANATO OU TRABALHO MANUAL? QUAL A DIFERENÇA?

Não parece ser algo muito fácil fazer uma distinção correta entre o que seja artesanato ou trabalho manual e é muito grande o numero de pessoas que tem dúvidas a respeito desse assunto sem nunca terem conseguido ver bem onde se encontra a diferença. Entretanto para esclarecer essa duvida basta ver o que temos na Legislação Brasileira, o Programa de Artesanato Brasileiro onde temos o conceito desatas atividades:

O que é artesanato?
O artesanato nada mais é do que o produto que temos como resultado de um trabalho de predominância manual, sendo que da totalidade das etapas de produção deverão ser 80% ou mais, resultado da transformação de matéria prima e que esta deverá ser feita pelo próprio artesão. Este trabalho assim feito deverá refletir a criatividade e habilidade do artesão, além de que deve possuir características culturais ou outras que possam identificar cada peça como sendo única.

Processo de produção do artesanato
Durante todo o processo de criação o artesão somente poderá se valer da ajuda de instrumentos manuais ou no máximo máquinas tão simples que mesmo com seu auxilio eles não possam dispensar nem a criatividade nem a habilidade pessoal para conseguir elaborar o produto uma vez que estas características serão importantes na qualidade final e no valor agregado de cada peça. Vale lembrar que no artesanato apessoa deve iniciar sua atividade com a busca e beneficiamento da matéria prima e finalizar com peças que tenham valor simbólico da cultura local. 

Condições de trabalho
No que se refere às condições de trabalho a legislação também é bastante clara e estipula que toda a atividade para ser considerada artesanal deverá se desenvolver em um ambiente domestico, em postos de trabalho, em centros associados de produção ou ainda em pequenas oficinas sendo que estas serão assim consideradas quando possuírem um número máximo de cinco funcionários. Além disso, é preciso considerar a força motriz, pois caso faça uso desta, ela não pode ser superior aos cinco quilowatts.

O que é trabalho manual?
Como conceito de trabalho manual tem que é o produto obtido como resultado de atividade exclusivamente feita a mão ou então que faça uso de maquinas simples. A grande diferença entre o artesanato e o trabalho manual se encontra no tipo de material que para o trabalho manual não precisa ser matéria prima transformada não precisa ter características culturais especificas e também não exige exclusividade, não necessitando, portanto que seja peça única. O trabalho manual é realizado a partir de montagens,  com peças industrializadas ou produzidas por outras pessoas. 

Processo de produção do trabalho manual
A característica principal no processo de produção do trabalho manual é que ela deve ser limitada. Sejam cópias ou não a realidade é que as peças não podem ser produzidas em série.

Condições de trabalho
Aqui temos outra diferença básica entre artesanato e trabalho manual pois este deve ter sua unidade de produção no domicilio de quem produz ou em outro local conveniente, porém não pode contar com a ajuda de pessoas assalariadas.

A tipologia, classificação, funcionalidade e outros detalhes sobre o Artesanato Brasileiro você pode encontrar na Base Conceitual elaborado pelos governos municipais, estaduais, federal e várias entidades representativas do segmento artesanal. 


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